quinta-feira, 13 de novembro de 2014

2 semanas de Marrocos

Há duas semanas eu voltei ao Marrocos.
Esse país que bem me acolheu no verão setentrional do ano passado, e pra onde eu decidi voltar após uma oferta de trabalho.

A instalação "lar" é por enquanto temporária, mas acolhedora: um "coloc" francês e um "compañero de piso" espanhol. Comprei os móveis da antiga moradora do meu quarto, mas decidi apagar os seus rastros das paredes repintando-as. Aluguei o rolo e o pincel na mesma loja que vende as tintas. E se você quer colorir, eles vendem o corante lá também. Mistura em casa e veja o que dá. O meu verde pistache virou amarelo deserto (ou amarelo mostarda).



Fora isso, muito muito trabalho!
Vontade de começar a aprender Dajira (o dialeto árabe local), mas ainda não está dando tempo.

Da última vez estive no sul, em Agadir. Agora experimento o norte, em Rabat.
É engraçado como em quase todos os países que visitei/morei até agora, há essas diferenças sócio-culturais entre o norte e o sul. Aqui no Marrocos, o norte é árabe, enquanto o sul é Bérbere.
Os Bérbere são povos que habitavam essas terras antes da vinda dos árabes. E no sul, eles resistiram.

O que mais?
A Medina de Rabat é bem pequena quando comparada às de Fes ou Marrakech.
Medinas são as velhas cidades muradas. Dentro delas, há uma sensação de estar vivendo dentro da Idade Média. Em Rabat, na Medina é onde se compra as coisas mais baratas, onde a vida "do povo" acontece de verdade. Mas sem falar Dajira, a coisa fica menos barata. O preço de estrangeiro se aplica em quase todo o comércio, menos no supermercado.

Ontem na padaria o caixa queria me cobrar 17DHs ao invés dos 10Dhs que eu devia pagar. Só consigo acompanhar porque já tinha comprado o pão outras vezes.
Mas enfim: é preciso de acostumar a ser "passado pra trás" de tempos em tempos por aqui.

Apesar de estar na beira da praia, ainda não pus os meus pés na área. Vi o Atlântico de longe.
Visitei uma parte da Kasbah des Oudayas, mas no pouco tempo que fiquei lá dentro, um cara pediu pra me namorar, e achei melhor partir.

Ainda não tive tempo de visitar a cidade.
Achei um produtor orgânico que faz entrega duas vezes na semana, moro em cima de uma padaria, ao lado da estação, então a vida está tranquila.

O transporte é no "petit taxi", azul aqui em Rabat. Transporte público tem pouco.

Mas bom.
Há tempos a vida não estava tão em aberto.
Vivendo cada dia de uma vez, e esperando para saber quais serão os próximos passos.
Oficialmente, a temporada por aqui se termina dia 31 de dezembro.
A ver o que a vida vai trazer!

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